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Imunoalergologia

Dr. Rodrigo Rodrigues Alves / Dra. Ana Sofia Moreira

Imunoalergologia

A Imuno-Alergologia é a especialidade médica que se dedica à prevenção e tratamento das doenças alérgicas e das doenças que comprometem as defesas do organismo. Constituiu-se como especialidade em Portugal em 1984, tendo vindo a ganhar uma importância crescente como a especialidade que responde aos desafios colocados pelo aumento da incidência e da prevalência das doenças alérgicas.

Entre as doenças alérgicas mais comuns destacam-se: Asma Brônquica, Rinite, Conjuntivite, Sinusite, Eczema Atópico, Urticária, Choque Anafilático, Alergia a insetos, Alergia a Alimentos e Alergia a medicamentos. As Deficiências Primárias do Sistema Imunitário (Imunodeficiências Primárias), apesar de raras, deverão ser também orientadas para estes especialistas.

Técnicas de diagnóstico e Tratamento
Testes cutâneos de alergia

Os testes cutâneos de alergia têm por objectivo demonstrar a presença de IgE específica fixada nos mastócitos cutâneos, com vista a identificar os alergénios a que o indivíduo está sensibilizado. Existem dois tipos de testes: testes prick e testes intradérmicos, sendo os últimos apenas utilizados em situações particulares como a alergia a medicamentos ou a himenópteros (abelhas/vespas). Nos testes prick colocam-se pequenas gotas de extracto alergénico e depois pica-se com uma pequena lanceta a camada mais superficial da pele do paciente através da gota de alergénio. Não provocam sangue e a leitura é feita poucos minutos após a sua execução.

Testes epicutâneos

Utilizam-se para estudo dos eczemas/dermatites de contacto e consistem na aplicação no dorso de adesivos com alergénios, com leitura posterior para verificar quais os alergénios que provocaram reacção.

Prova de provocação conjuntival

A Prova de provocação conjuntival tem por objectivo avaliar a imunorreatividade da mucosa conjuntival a alergénos ambientais, e desta forma estabelecer uma relação de causalidade entre o alergénio e a existência de sintomas, particularmente quando os testes cutâneos são negativos. É um método importante no diagnóstico da Rinite Alérgica Local.

Prova de Provocação nasal

A Prova de provocação nasal é um teste diagnóstico para avaliação da imunorreatividade da mucosa nasal a alergénos ambientais. Pode ser monitorizada por escalas de sintomas clínicos, rinomanometria, rinometria acústica ou por provas de função respiratória.

Prova de provação oral (alimentos/medicamentos)

As provas de provocação oral, consideradas o gold standard no diagnóstico da hipersensibilidade alimentar e medicamentosa, são definidas como a administração controlada de um alimento/fármaco com o objectivo de diagnosticar reacções de hipersensibilidade. Devem ser sempre efectuadas por profissionais experientes e em locais com meios técnicos e humanos para tratar eventuais reacções alérgicas que possam surgir. As principais indicações para a realização destas provas são: exclusão de reacções de hipersensibilidade em casos pouco sugestivos; exclusão de reactividade cruzada; confirmação do diagnóstico no caso de história sugestiva com testes negativos/inconclusivos/não disponíveis; e obtenção de alternativa segura.

Rinomanometria

A Rinomanometria é um exame dinâmico que mede o diferencial de pressão e fluxo aéreo transnasal, quantifica a resistência ao fluxo aéreo, ou seja: o quão difícil é respirar pelo nariz. Tem como finalidade avaliar a permeabilidade nasal e, geralmente, é realizada conjuntamente com a provocação nasal, observando o efeito do alergénio nos quadros de obstrução nasal.

Exame funcional respiratório

As provas de função respiratória têm por objectivo medir os débitos, as capacidades e as resistências pulmonares, comparando os resultados com os obtidos por pessoas saudáveis com a mesma idade e altura. Têm como indicações o diagnóstico e avaliação de doenças pulmonares como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC); a investigação de sintomas respiratórios como a tosse, a pieira e a falta de ar; a avaliação pré-operatória; e a avaliação diagnóstica e de incapacidade associada as doenças respiratórias profissionais.

As Provas de Função Respiratória podem ainda incluir a Prova de Broncodilatação, para avaliar o grau de resposta aos medicamentos broncodilatadores ou a Prova de Provocação com Metacolina, para avaliar da existência de hiperactividade brônquica. O Estudo da Difusão, avalia a transferência alvéolo-capilar do monóxido de carbono, sendo importante na avaliação das doenças respiratórias que interferem com esta transferência. Os aparelhos utilizados nestas provas são calibrados diariamente e para maior segurança são utilizados filtros bacterianos descartáveis em cada exame. Os testes têm a duração média de 15 a 30 minutos.

Recomendações prévias à realização das Provas de Função Respiratória

  • Suspender os inaladores (bombas) no dia do exame, ou de acordo com a indicação do seu médico
  • Não fumar nas 2 horas antes do exame
  • Não ingerir café, chá preto, coca-cola ou chocolate nas 4 horas antes do exame
  • Não deve vir em jejum
Administração de imunoterapia específica

A imunoterapia específica com extractos alergénicos ou vacinação anti-alérgica consiste na administração de doses progressivamente crescentes da substância à qual o doente é alérgico, com o intuito de o tornar menos sensível à mesma. Este é o único tratamento etiológico capaz de alterar o curso natural da doença alérgica sendo, no entanto, essencial a selecção criteriosa dos doentes a submeter a este tratamento e dos extractos a utilizar, para optimização do rácio custo/benefício.

Este tipo de terapêutica tem indicação em doenças mediadas por IgE, tais como: Rinite alérgica; Conjuntivite alérgica; Asma alérgica; Alergia a veneno de himenópteros; Alergia ao látex; Eczema atópico com sensibilização a aeroalergénios; Alergia alimentar. Existem dois tipos de vacinas, as subcutâneas e as sublinguais.

A via subcutânea, com utilização desde há décadas, é claramente eficaz na redução de sintomas e na medicação quer de alívio, quer de controlo, proporcionado incremento na qualidade de vida aos doentes com doença atópica. A administração por via subcutânea é realizada na face externa do braço, a meia distância entre o ombro e o cotovelo, com injecções periódicas por um período de 3 a 5 anos.
A via sublingual, com utilização mais recente, tem demonstrada idêntica eficácia clínica, embora com um mecanismo de acção diferente, de acordo com a biologia celular específica da mucosa sublingual. A administração é habitualmente diária e o tempo de tratamento é semelhante ao da via subcutânea.

A imunoterapia específica deve ser sempre prescrita e orientada por um médico especialista em Imunoalergologia. O médico prescritor deve seleccionar os extractos alergénicos adequados, com base na história clínica, na exposição alergénica e nos resultados dos testes cutâneos de cada doente. A administração da vacina por via sublingual é habitualmente efectuada no domicílio, enquanto a vacina subcutânea deve ser administrada numa Unidade de Saúde com os meios técnicos e humanos necessários ao tratamento das eventuais reacções adversas que possam surgir, e sempre de acordo com o esquema previamente estabelecido pelo médico Imunoalergologista.



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