Este site usa cookies para recolher estatísticas e melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização. Saiba mais aqui

* Campos obrigatórios.

  • A sua saúde em primeiro lugar

Psicologia da Infância e Adolescência

Dra. Ana Filipa Duarte

Psicologia da Infância e Adolescência

A Psicologia infantil

A Psicologia Infantil corresponde a um ramo de especialização da Psicologia que se dedica ao estudo do desenvolvimento infantil e dos processos psicológicos das crianças. Mais especificamente, procura compreender de que modo estes processos diferem dos processos psicológicos dos adultos e de que modo diferem de uma criança para a outra.

O estudo do desenvolvimento infantil é frequentemente dividido em três grandes áreas: físico, cognitivo e socioemocional. Assim, o desenvolvimento físico, que geralmente ocorre numa sequência relativamente estável e previsível, refere-se ao conjunto de mudanças corporais e inclui a aquisição de certas competências específicas como a motricidade fina e grosseira.

O desenvolvimento cognitivo ou intelectual, por sua vez, refere-se aos processos que as crianças utilizam para construir conhecimento e inclui a linguagem, o pensamento, o raciocínio e a imaginação. 

Por outro lado, aprender a relacionar-se com os outros é parte essencial do desenvolvimento social de uma criança. Dito de forma simples, a socialização envolve adquirir os valores, o conhecimento e as competências que permitem às crianças relacionar-se com outros de forma eficaz e contribuir construtivamente para o funcionamento da sua família, escola e comunidade.

Finalmente, o desenvolvimento emocional implica aprender o que são sentimentos e emoções, compreender como e porque acontecem, reconhecer as próprias emoções e as dos outros e desenvolver formas eficazes de as regular.

Em cada etapa de desenvolvimento, a criança é confrontada com diversos desafios e tarefas desenvolvimentais que promovem a aprendizagem de diferentes competências. No entanto, por vezes, por fatores internos ou externos, a criança apresenta mais dificuldades em certas etapas de desenvolvimento e não adquire as competências necessárias para iniciar as novas etapas, o que faz com que o seu processo de desenvolvimento seja prejudicado.

Nestes casos, importa que os adultos mais próximos da criança identifiquem estas situações e as entendam como um sinal de que a criança está a ter dificuldades no seu processo de desenvolvimento e que poderá beneficiar de uma ajuda especializada.

Assim, em situações em que o comportamento da criança se desvia significativamente das expectativas de desenvolvimento, um processo de acompanhamento psicológico especializado poderá ajudar na orientação da criança e da sua família, procurando diagnosticar as causas destas dificuldades e promover estratégias para as minimizar ou ultrapassar.

Alguns exemplos de dificuldades observadas em crianças em idade pré-escolar e escolar são:

- Ansiedade infantil: mutismo, ansiedade social, ansiedade de separação dos pais

- Fobias e medos específicos

- Perturbações obsessivas

- Terrores noturnos e pesadelos

- Depressão infantil (falta de energia, apatia, falta de interesse em brincar)

- Hiperatividade e Défice de Atenção

- Perturbação de desafio e oposição: comportamento desafiante e disruptivo

- Perturbações de eliminação: enurese e encoprese

- Dificuldades de adaptação a mudanças de vida relevantes (divórcio dos pais; morte de um familiar; integração numa nova escola/cidade)

  

A consulta de Psicologia infantil

A primeira consulta é realizada com a presença dos pais e da criança e tem como objetivo clarificar e detalhar os motivos para o pedido de consulta, definir as regras de funcionamento da consulta, proporcionar o primeiro contacto com a criança e promover o início de uma relação de confiança entre a criança e o terapeuta.

Nesta consulta realiza-se ainda uma entrevista de anamnese, na qual se recolhem informações relativas ao percurso de desenvolvimento da criança e à caracterização da problemática atual na relação com a sua história familiar e social.

As consultas seguintes são realizadas, sempre que possível, apenas com a presença da criança e destinam-se à continuação do processo de avaliação psicológica.

Finalizado o processo de avaliação psicológica, é realizada uma consulta de devolução dos resultados de avaliação na qual estes são explicados aos pais e são apresentadas algumas propostas e recomendações.

Havendo necessidade e interesse por parte da família em iniciar um processo de acompanhamento psicoterapêutico com a criança, definem-se os objetivos terapêuticos e o plano de intervenção a implementar.

  

A adolescência

A adolescência é uma fase especialmente desafiante e por vezes difícil, quer para os pais, quer para os adolescentes.

Trata-se de um período importante do desenvolvimento humano e, tal como outras fases, coloca o adolescente perante diversos desafios e tarefas desenvolvimentais por vezes sentidas como exigentes ou ameaçadoras. Assim, espera-se que, no decorrer da adolescência, sejamos capazes de desenvolver e consolidar um sentido de identidade pessoal, adotar um papel sexual e definir a identidade sexual, adaptarmo-nos a um conjunto extenso e rápido de mudanças corporais, autonomizarmo-nos em termos emocionais e comportamentais face aos pais e família, escolher e definir um percurso académico e vocacional e desenvolver relações interpessoais significativas e de qualidade com os pares.

Por sua vez, os pais também são desafiados a adotar novas formas de se relacionar com os seus filhos e de exercer a parentalidade, numa fase de vida em que o respeito pela individualidade e identidade dos seus filhos, bem como a promoção do seu processo de autonomização são fundamentais. Os pais mantêm-se como figuras de referência basilares para os adolescentes, mas o grupo de pares passar a assumir uma importância crescente nas suas vidas e rotinas.  

Nas situações em que o adolescente manifeste dificuldades de adaptação a estas mudanças e transformações, apresente sintomas de mal-estar ou sofrimento perante as exigências desta fase de vida ou problemas na resolução das tarefas desenvolvimentais da adolescência, o acompanhamento psicológico pode constituir um recurso importante.

Esta consulta pretende oferecer um apoio profissional ao adolescente, num contexto de privacidade e aceitação, que lhe permita explorar as bases das suas dificuldades e construir colaborativamente soluções que as minimizem ou resolvam. Paralelamente, pretende oferecer aos pais um espaço de partilha das suas preocupações e dificuldades, bem como de reflexão em torno de novos modos de agir que possam favorecer mudanças desejadas na família.

Alguns exemplos de dificuldades observadas em adolescentes são:

- Perturbações de ansiedade: ansiedade social, ansiedade de desempenho, perturbação de pânico e perturbações obsessivas

- Perturbações depressivas (irritabilidade, isolamento, tristeza e apatia, ideação suicida)

- Perturbações do comportamento alimentar

- Comportamento disruptivo e dificuldades no relacionamento com pares e adultos

- Dificuldades de adaptação a mudanças de vida relevantes (divórcio dos pais; morte de um familiar; integração numa nova escola/cidade)

  

A consulta de Psicologia do adolescente

A primeira consulta é realizada apenas com o adolescente ou na presença deste e dos pais, de acordo com a vontade manifestada pelo próprio adolescente. No caso deste preferir entrar sozinho, solicita-se aos pais que aguardem e entrem apenas no final da sessão.

Esta primeira consulta tem como objetivos definir e detalhar o motivo do pedido de consulta, definir as regras de funcionamento da consulta, negociar o processo de avaliação e promover o estabelecimento de uma relação terapêutica com o adolescente.

As consultas seguintes dirigem-se à realização do processo de avaliação psicológica, assente numa exploração das várias áreas do desenvolvimento e funcionamento atual.

Finalizado o processo de avaliação psicológica, é realizada uma consulta de devolução dos resultados de avaliação na qual estes são explicados aos pais e são apresentadas algumas propostas e recomendações.

Havendo necessidade e interesse por parte da família em iniciar um processo de acompanhamento psicoterapêutico com o adolescente, definem-se os objetivos terapêuticos e o plano de intervenção a implementar.



Psicologia da Infância e Adolescência

Ver CV

Dra. Ana Filipa Duarte

  • Partilhar